untied & weightless, unconscious as we cross
Então. Nokia Trends. Chegamos bem na hora do Hot Hot Heat. Assistimos, uma coisa morna. Andamos pra lá e pra cá e a coisa começou a ficar esquisita. Aí a menina mais bonita do lugar (dinamarquesa, meu bem!) veio falar comigo em inglês.
E aí a coisa ficou mais esquisita ainda.
Mas enfim, até o show do Ladytron, eu me senti num festival de coleigio, de tão fracas as bandas. Mas acho que foi pra compensar, porque pelamor. Quem diz que eles são parados e blasês nunca viu um show deles. Ou então eles tavam realmente felizes por estarem em São Paulo. Não teve nada de frio, muito pelo contrário. A barulheira harmoniosa, a potência das músicas (o som tava muito bom, uma mudança boa quando se trata de festivais no Brasil) é de lavar a alma. Impecáveis.
Assim, sem palavras. A Mira e a Helen são muito mais fofas do que eu imaginava que seriam. As duas até ensaiaram uma coreografiazinha. Muito fofo. Ficamos bem perto do palco, na cara da Mira e da Helen.
A Helen canta pracaraio, é fofíssima, dançou horrores, mandou no público várias vezes (e claro que todo mundo obedecia). Subiu na bateria, foi nas pontas do palco. E ela canta pracaraio.
E a Mira, né. Eu não consigo descrever o que ela tava vestindo. Às vezes parecia o roupão do Hugh Hefner. Às vezes parecia roupão de lutador de boxe. Mas ela é incrivelmente e criminalmente fofa. Super tranquila, mas quando é a vez dela de aparecer, jesuis. Alguém deveria ter filmado a dancinha dela pra fazer gif do msn. Porque é indescritível. E sorriu. E falou em português. Foi uma das mais comunicativas.
Os meninos são fofíssimos, o Daniel tá muito parecido com um guitarrista/baixista/baterista de uma banda nacional aí.
Cantaram todas as minhas preferidas. High Rise, Blue Jeans (achei que não cantariam, quasemorri), Sugar, Seventeen, Playgirl, He took her... (versãozinha diferente e bem divertida), ... built up areas (jesus amado +_+). Mas o que me surpreendeu mesmo foram as versões LINDAS de duas favoritas, que ficam completamente absurdas ao vivo. International Dateline (Helen, me possua!)...
E The last one standing (um dos momentos mais legais do show, com todo mundo cantando). A morte certa seria (e foi) Destroy everything you touch. Que absolutamente todo mundo cantou e pulou e dançou.
No fim, o povo ficou uns dez minutos gritando e aplaudindo e batendo na grade, pra eles voltarem. Voltaram, mas não pra cantar (maldito tour manager deles! Agora eu imagino porque o cansei odeia o cara). O Daniel voltou com câmera pra tirar foto da platéia. Aí o resto da banda reapareceu, pra serem mais fofos e receberem mais aplausos. Cinco minutos de mais aplausos e foram embora.
Eu não conseguia andar, tava tremendo, sem voz e catatônica.
O problema é o depois. Como é que se continua vivendo depois disso? Eu tô falando muito sério. Dificilmente outro momento vai chegar perto do que foi isso. A vida fica muito sem graça. Eu não sei se eu deixei algum pedaço meu lá ou o que.
Saldo da noite: auto-estima nas alturas, show no top 3, amígdalas e garganta completamente ferradas, catatonia e uma felicidade que num cabe em mim.
Isso é que é show, crianças.
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